Flor do querer
A flor do meu querer
Anda desbotada
Sem ânimo para viver
Assim desacreditada
Caso não venha a se alimentar
Perecerá sem mesmo florescer
Dado o tempo sem cuidar
Devorada pelo esquecer
Sina de ser açoitada
Forte sol a lhe aquecer
Folhagem despedaçada
Restou quase esmaecer
Mais um dia a apagar
Tudo o que se remoer
Flor fosse resignar
Fim indigno há de ter
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