Vida e morte solitária
Está solitário no quarto
Tempo passando ligeiro
Atravessa tal uma lança
Pensa se tudo é em vão
Horas e horas de um dia
Na rotina mecânica de
Após chegar ao lar vazio
Depois de tanto trabalho
Já passa metade do ano
Tudo segue igual a sempre
Caminha pela casa parece
Que lhe falta algo intangível
De volta só ao quarto
Olha a janela um céu cinza
Da cor da própria vida
Sai da janela e pensa
Porque está nessa terra
Para vagar de ano a ano
Automaticamente casa
Trabalho casa trabalho
Já se passaram anos e
Faltam-lhe as forças e o ar
Aposentado na mesma casa
Da mesma rua em um sofá
Anoiteceu e dormira na
Velha cama e horas idas
Chegou mais um dia claro
Da cama não saíra mais
Vida já não mais tinha
Vizinhos dele sentiram falta
Arrombaram porta da sala
Apenas um corpo e uma cama
Conseguiram velar e enterrar
Assim mesmo no dia seguinte
Poucos foram ao último adeus
Finda desta forma a história
Nenhum comentário:
Postar um comentário