Musa 


Momentaneamente 
Moça mais marcante
Maravilha majestosa 
Malemolente marcha

Mas muito merecer 
Músicas melodiosas 
Mítica mesmo mulher 
Motivo mágico mesmo 

Moça merecidamente 
Movimenta multidões 
Mormente mística manhã 

Musa mantém movente
Melhor moldura mais 
Magnífica mundial

Lutar pela vida 


Lute pela vida 
Pois ainda que seja tarde
Vale o esforço a dispender 
Recompensa virá em júbilo 

Ainda que o tempo se esvaia 
Junto com o espaço 
A luta é necessária e incessante 
Motivo existe mesmo sem estar claro

Passar por expiações faz parte 
Das etapas a serem percorridas
Em meio a dor há o suportar

Vida é luta, antes que acabe
Aproveite e aprenda o máximo 
E o porvir será de recompensas

Ser só 


Sendo solitário sina
Sigo simplesmente 
Serena sabedoria 

Situação singular 
Seletiva semelhante 
Solicita sagacidade 

Superando saudades
Singelas sem sofrer

Estranho e desumano

O mundo anda muito estranho e desumano, reina a indiferença, fala-se tanto em tolerância e diversidade mas o que há na verdade é uma guerra ideológica, grupos querendo impor suas vontades sobre todos, qual é a lógica? Se concordar com uns pensam irá desagradar outros, fala-se tanto em paz, mas a violência e a guerra continuam sendo capazes de levar embora vidas a troco de nada. O que justifica em essência essa estranheza e desumanidade? Argumentos tentarão justificar dizendo que se o fato não nos afetar então não é preciso se preocupar. Escondidos atrás de telas em contato com o distante e distante do que está ao lado. Estar conectado e inundado de informação, confuso sem saber para onde segue. Situação difícil em saber se é real ou imaginário, até que alguém o negue. Pedaços de vidro, plástico e metal em suas mãos, originados de alguma fábrica distante entretém aqueles diante dos quais estão. Estranho e desumano, natural e artificial, tudo o que se vê é tornado banal.

Flor do querer


A flor do meu querer 
Anda desbotada
Sem ânimo para viver
Assim desacreditada

Caso não venha a se alimentar 
Perecerá sem mesmo florescer
Dado o tempo sem cuidar
Devorada pelo esquecer

Sina de ser açoitada 
Forte sol a lhe aquecer 
Folhagem despedaçada 
Restou quase esmaecer 

Mais um dia a apagar
Tudo o que se remoer
Flor fosse resignar 
Fim indigno há de ter

Vida e morte solitária 


Está solitário no quarto
Tempo passando ligeiro 
Atravessa tal uma lança 
Pensa se tudo é em vão 

Horas e horas de um dia
Na rotina mecânica de 
Após chegar ao lar vazio
Depois de tanto trabalho 

Já passa metade do ano
Tudo segue igual a sempre 
Caminha pela casa parece
Que lhe falta algo intangível 

De volta só ao quarto 
Olha a janela um céu cinza
Da cor da própria vida 
Sai da janela e pensa

Porque está nessa terra
Para vagar de ano a ano
Automaticamente casa
Trabalho casa trabalho 

Já se passaram anos e
Faltam-lhe as forças e o ar
Aposentado na mesma casa 
Da mesma rua em um sofá 

Anoiteceu e dormira na 
Velha cama e horas idas
Chegou mais um dia claro
Da cama não saíra mais

Vida já não mais tinha 
Vizinhos dele sentiram falta 
Arrombaram porta da sala
Apenas um corpo e uma cama

Conseguiram velar e enterrar
Assim mesmo no dia seguinte 
Poucos foram ao último adeus 
Finda desta forma a história

Sequestro 


Eu nunca senti tanto medo
Eu nunca senti tanto frio 
Dentro de um quarto soturno e vazio

Dias e dias longe de casa
Nem mais sei se dia ou noite
Mal respirar ainda consigo 

Deitado nesse chão imundo
A espera de socorro e resgate

Simples resposta 


Se a gente tem alguma forma 
De uma vez por todas 
Para que o outro não se sinta 
Ao contrário da situação 

O que é preciso fazer com a sua vida 
Teria de ser muito mais simples 
De repente a realidade é possível 
Para ir ao encontro de uma solução 

Mas se o que está acontecendo 
Não é de fato algo assim 
A primeira vista tão sofrido 

A existência de uma nova etapa 
O que importa é ter uma resposta 
Para as dificuldades em contemplação

Maldade 


Só se vê no coração das pessoas 
Toda a maldade
Olhares estranhos e tão pesados
Quanta malícia

Parece que nada mais está na mente
A impiedade
Por todos os cantos onde se percebe 
Essa sordícia

Mais o que esperar de toda essa gente 
Haja crueldade 
Tempo passando e algo revela
Vívida iniquícia

Pelas ruas por onde se passa
Aquela temeridade
Dentro das intenções emanantes 
Poderosa sevícia

Nascer da poesia


E o que se chama 
De certo modo a declarar 
O que a própria poesia 
Teria como a vida 

De elevada importância 
Ao longo da natureza 
A existência de um pouco 
De uma forma mais positiva 

Para onde o dia de hoje 
A desenvolver uma forma 
De traduzir suas vontades 

De certo e mais uma vez
Aproxima o melhor possível 
De simples fato que já se vê

Manhã expressiva 


O nome da manhã 
Para onde o dia a dia 
Teria um tempo todo 

Mas a realidade é que 
O encontro de fato acontecia 
De uma forma mais simples 

A existência de fato sentia 
O deserto de expressar

Feliz Páscoa 

Feliz
Páscoa 
Enfim
Cristo
Foi 
Ressuscitado

Cantar


Cantar certas canções 
Criativas com clamor 
Cingindo cuidadosamente
Conquistam celebrações 

Cativam copiosamente 
Centenas caudalosas 
Cerimônias culturais 
Chegando categóricas 

Charmosas cantoras
Capazes constituem 
Corais celebrados 

Candidamente celestiais 
Capricham com calorosas 
Canções cadenciadas

Solitário

Vaga pela vida sempre só, numa casa grande demais para si, cotidianamente levanta ao mesmo horário. Calmamente toma seu cafezinho e pão. Logo de banho tomado e já vestido em seu carro adentra carregando pastas e o celular. Não é novo de casa bem experiente em sua dedicação. Almoça por ali mesmo e logo em seguida retorna à obrigação. Volta ao lar deserto sem quem possa o acolher. Prepara uma refeição rápida apenas a lhe alimentar. Décadas se passam nessa mesma sina, amigos já casados pouco o visitam, reuniões de família seus parentes orgulhoso com esposa e filhos e ele em um canto e poucos a cumprimentar. Volta ao lar todo pensativo, sentindo-se ovelha negra da família, um fracasso amoroso, logo lembra sua idade e começa a chorar.

Mundo possível 


O mundo atual 
Não precisa ser 
De uma vez 

Para os especiais 
À primeira vista 
O que aprecia 

A existência do outro 
Mas ele é possível

Possibilidades


Não estou com calma 
O que importa é uma vez 
Teria coragem para decidir 
Ao avistar o melhor 

Mas a vida é possível 
Para os que não se fazem
De certo modo genuíno
O que é preciso haver 

A existência de amor 
Teria sido uma solução 
Para os que não há 

O que mais tarde seria 
De repente a um novo instante 
Para onde for possível encontrar

Combate à corrupção 


Em nenhuma outra época 
Desde 1500, nunca houve
Tanto afinco na luta
Contra o maior mal

De uma nação brasileira 
Nobres homens e mulheres 
Encarando políticos 
Também grandes empresários 

Listas e mais listas surgem 
Nomes dos poderes constituídos 
Para em tese administrar
Um grande país desigual

Ao contrário estas excelências 
Dilapidaram o patrimônio público 
Descaso na saúde, educação 
Crise na segurança pública 

Força aos nobres combatentes 
Deste sistema político corrompido 
Venham restaurar a dignidade 
Ao nosso povo tão sofrido

Poeira de estrelas 


Do pó vieste ao pó voltarás 
Do calor de estrelas núcleos atômicos 
Fundem-se a partir do mais simples 
Hidrogênio tornando-se hélio em ambiente

De elevada energia caso o processo 
Continue a ocorrer átomos mais pesados
Irão se formar e ao longo de um tempo 
Substâncias mais complexas surgirão 

Percorrendo o universo de espaço-tempo 
Vindo a encontrar condições propícias
Dos átomos então chegaríamos as moléculas 

Moléculas estas, mais adiante a se agrupar
Componentes celulares a transformar 
Células, órgãos, sistemas e organismo enfim

Mal acompanhado ou só


De solidão morrer
Para não sofrer
Mas estar assim 
Com alguém ruim

Pode ser pior
Sem sabor
Ou de amargor
Para onde for

Possa escolher 
Saber o que fazer
Caso assim puder 
Venha o que vier

Não tema o partir 
Acaso for fugir
Tenha aonde ir
Para depois sorrir

Eclipse de olhares


Quando nossos olhares se atinarem
Tal um eclipse do sol ou da lua
As cores do firmamento se anunciarem
Sentiremos a beleza refletida e continua

Ao nos percebermos unidos além 
Da primeira vista a pulsão ardente 
Esse percorrer em amor haverá também 
De traduzir as emoções desta torrente 

Realizaremos todas as vivências 
Caprichosamente seremos agraciados 
Em plenitude das novas essências 
Delicadas como dois seres amados

Apaixonadamente 


Por não saber
O que é ter
Algum querer 

Resta apenas
Sombras ingênuas 
E enfim o que sente

Dalgum viver 
Apaixonadamente

Amor em contemplação


Tua face tão vistosa e reluzente
Olhos da mais bela preciosa pedra
Cabelos perfeitos de tons celestiais

Teu belo corpo encanta por formoso
Vestes mais lindas que o amanhecer
Gestos e palavras a me extasiar

Tudo o mais não caberia no infinito
Vejo em ti amor em contemplação