segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A rede social

Caiu na rede é peixe
Há um certo tempo 
Muitos entregam suas vidas
Nas mãos de magnatas mercenários 
Que constroem fortunas 
Às suas custas

Ao revelarem suas intimidades
Tornando a realidade virtual 
Uma virtualidade real
Antes, eram escritos diários 
Para serem como um confessionário 

Atualmente expõe-se tudo
Em uma vitrine virtual
Tornando-se apenas
Escravos e zumbis 
Belos ou aqueles que se imaginam
Desfilam suas melhores imagens 
A procura de fãs e seguidores 

Muito se discute 
Sobre os mais variados temas
Muito tempo se perde 
Diante de telas
Que são observadas 
Vidas são apresentadas 
Como lenha que se queima
Em uma locomotiva veloz

Enxurrada de informações 
Que passam aceleradas
Diante dos olhos de multidões
Ignorando quem está ao seu lado
E aproximando-se de desconhecidos 

Um paradoxo atual
Um gigante amorfo 
Ainda em expansão 
Mas que em algum momento 
Pode ser abandonado
Por outra maravilha tecnologia 
Virtual, fria e enigmática

Mas que ao mesmo tempo 
Pode cair no gosto das massas 
E formar um novo bilionário 
Em uma elite global 
Formada por aparelhos eletrônicos 
E radiações eletromagnéticas 

Que hipnotiza milhões e milhões 
Diante disso tudo 
Para onde irá à humanidade 
Rumo ao abismo virtual
Tornando-se real

Algo que a menos de um século 
Jamais se imaginaria
Enfim é realidade

E fica uma pergunta 
Até que ponto está alguém disposto
A continuar se entregando
A este espetáculo 
Com múltiplos atores-espectadores 

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