quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Dor

Tomado pela dor
Pungente 
Vejo quanto temor
Indigente
Aquele clamor
Indulgente
Todo este terror
Premente
Lide com seu desamor
Presente
Guarde o que sobrou
É urgente 
Depois que tudo terminou
De repente 
Trato interrompido 
Indecente 
Estava perdido 
Imediatamente 
Caso faça sentido 
Apresente
Esta dor
Intermitente
Enfia

Enfia a poesia 
Naquele  lugar
Onde todos podem ler
O máximo de gente alcançar 

Subvertendo vertidas vezes 
Vozes para falar
Sobre temas
Sobretudo para modos ditar

Se o mudo fala tudo 
Com as mãos 
Imagine se as mãos expressassem
Tudo que viesse a mente

Muitos saberiam
Aquilo que veio avisar
Aos intrépidos navegantes 
Desavisados a buscarem sentido 

Em tudo o que vêem 
Haja vista que dedicam 
Precioso tempo a saber
Se isso tudo o que fazem

Tem um fim afinal
Que mereça tanto tempo
A se propagar
Aquilo que propicia
Metalinguagem 

Meta a linguagem 
Para atingir a meta
X vezes a meta
Quando a meta é atingida
Metas devem ser traçadas 
Traços medidos fazem
A meta ser alcançada 
Para que isso tudo 
Se ter meta faz sentido 
Para a vida 
Viver para metas
Mete-las num texto 
Inusitado apenas para atingir 
Metas sem sentido 
Mas o sentido é justamente 
Atingir as benditas metas
Multiplique infinitamente 
As possibilidades de atingir
As metas e lembre de que
Quando os objetivos 
Forem alcançados
Meta as metas
Longe delas mesmas
Para que não briguem entre si
E se isso tudo ainda fizer sentido 
Parabéns, eis que a meta foi atingida.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Lágrimas 

Lágrimas lavam
Levam lamentações 
Lívidas lembranças 
Lógicas lançadas 

Longe libertam
Lúgubres lutos
Longamente lúcidos 
Laços levados 

Lançados licenciosamente
Libertam lindas loucuras 
Luminosas levezas 

Lágrimas limpam
Libertas lições 
Louvando lembranças