Mãe 


Trazida ao mundo

Pouco tempo teve

Levada aos anjos
De terna saudade

Bela missão carinhosa  
Ensinamentos, conforto
Alimentar os sonhos 
Ainda no primeiro dia

Sabiamente suficiente 
Gerou no ventre
Permitiu surgir o ser

Mãe leva pelas mãos 
Conduz passos iniciais
A vida que trouxe, então

Liberdade

Luz limite lívida ladeada

Leve lança lepidamente

Ligeira louvação linhada

Latente lisonja luminescente

Lição livremente lecionada

Leva linda lucidamente

Liderança laureada

Lembrança longa latente

Lindeira localizada

Lutando lealmente

Lei liberta latejada

Longa lavra lançada

Logo laboriosamente

Liberdade licenciada

Pós-verdade 


Nem tente entender 
O que acontece por aí 
Deturpam a língua 
Combalido idioma 

Inventam leis
Retorcem o tempo
O bem vira o mal
O que mais virá 

Que futuro chegando
Nos foi ofertado 
Haverá alguém para contar
E alguém a ouvir

Nada mais irá restar
Depois do dizimado 
Extermínio do ser
Não se preocupe 

Apenas pós-verdade
Vaidade das vaidades
Seremos somente 
Passado pulverizado

Poesia


A poesia não tem hora nem lugar
Para alcançar aos corações e almas
Como quem sabe bem o que falar 
De repente lhe acompanham palmas 

Aquele que a ler ou a escutar 
Aprecia vozes suaves e calmas
A recitar o arder belo a ressoar
Vinde e vede tantas formas

De dizer a todos os cantos 
O surgir da poesia bela
Rendendo sonoros encantos

Vida de poeta tão singela
Enxuga lágrimas de tantos 
Nunca haverá palavra como aquela

Quando mudar


É importante não sentir falta 
Nem saudade e nem olhar para trás 
Sempre em frente seguir
Abandonar o mal em si

Não estar acomodado 
Esses novos desafios 
Que sejam realmente bons
Criar um verdadeiro futuro 

Caso o medo venha a surgir 
Tenha-o como aliado
Para enfrentar as vicissitudes 

Nunca desista de si mesmo 
Nem deixe de crer
Que tudo será melhor um dia 

Sentir


Sei sentir sozinho saudade 
Segui sendas sumariamente 
Sofri sangrando súplicas 
Sabores sujos significantes

Sei simplesmente sonhar 
Somente sinais sinistros 
Saúdam sanidades sentidas
Sombras sinceras são sonoras

Sigo solitário solicitas
Sanhas santas solfejantes
Sentença singular sencilha 

Salvo significantes similitudes
Semeaduras sonhadas sagradas
Sigo sentindo sofregamente

Balada do não 


Não quero estar certo
Nem quero estar errado 
Simplesmente não quero

Não sou nada 
Do que você pensa 
Não quero nada 
Do que você tem 

Não espero nada
Nem de você 
Muito menos de mim

Não acredito mais
Não pareço mais 
Nem pertenço aos seus
Não se aproxime de mim