segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O medo e o futuro 

O futuro do medo
É proibido pensar 
Cuidado com quem
Você vai desagradar 

X contra y 
Y contra x
X contra x
Y contra y

O que você defende
De quem você se defende
O medo do futuro 
Cuidado ao sair de casa

Agradar a todos 
Anular a si mesmo 
Não seja você
Faça o que eu digo 

O medo do medo
Do futuro do futuro 
Do medo futuro 
Do futuro medo

Não desagrade
Aos novos donos da situação 
Suplantam os antigos 
Ditando o que ser

Jogo de interesse 
Sua vida está em risco 
Servir a vários senhores 
A César o que é de César 

Um mundo desvirtuado 
Sem rosto sem nome
Sem rumo sem mundo 
Restará o que

Apenas o medo
Apenas o futuro 
Apenas a situação 
Apenas o interesse

sábado, 7 de janeiro de 2017

Nós e a lua


Se lua fosse rua
Seria toda tua
Tivesses tanta luz
Refletida de sol
Revestida de brilho

Essa tal lua
Surge cada noite 
Clareia minha sorte
Dedico esses dizeres

No instante em que souberes
As minhas intenções 
De ser belas estrelas 
Mesmo longe iluminam
Compõem o céu 
Cobrindo esse véu

Oh lua testemunhe
O vasto horizonte
Onde estamos apenas 
Nós dois
Raiasse o dia 

Até que raiasse o dia
Fiquei esperando por ela
Havia sonho e cabia
Uma vista tão bela

Se hoje o que vejo é sol
Diante do contemplar 
Aceso está aquele farol 
Ao horizonte adornar

Se ontem nada ocorria
Fugindo do instante só 
De tudo o que mais existia 
Renasce o diamante do pó 

Termina mais um momento 
Sonhando com o porvir 
De todo este belo lamento 
Espere o melhor a surgir 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017



Preciosismo

Precioso sismo
Estremece em torno
Tudo dilacerado 

Quando por preciosismo 
Socorro não acontece
Aos abalados pelo tremor

Terra arrasada
Vidas arrancadas 
Nas moradas habitadas

Desespero nas faces
Lares sem donos
Soterrados seres

Reconstrução 
Emergente nas cercanias 
Quer a casa voltar 

Mas casa não há 
Abrigo devido 
Onde estará 

Solução existe
Muito a fazer
Devolver dignidade 

Aos desalojados 
Refazer tudo
Desde que traga

Nova esperança 
Por velha Cidade
Já destruída
Dias de guerra

Estes dias em que vivemos 
Não se sabe mais o que diz
Muito cedo não saberemos
O que sobrará, algo que condiz 

Vejo um mundo revolto
Guerras, dores, temores
Tudo parece tão solto
Que revelam tais terrores 

Somos surpreendidos com notícias 
Haja vista tanta má sorte
Cada povo de tristes primícias
Tudo o que se vê é morte 

Ao final de um longo dia
Nossas mentes atordoadas
Algo que nos desafia
Quantas vidas despedaçadas