Aldrávia de
ano novo
feliz
ano
novo
para
todos
vocês
Caro raro
Disseram que
você é raro
Disseram que
você custa caro
Que não
merece viver
Nem mesmo
deveria existir
Tentaram o
matar no ventre
Tentaram
convencer o mundo
Que o seu
existir seria algo imundo
Tentaram
enganar seus pais
Será que
algo mais viria
Dos
problemas que enfrentaria
Se lhe
dissessem quem manda no mundo
Tentam ditar
quais devem ser seus passos
Não passam
de meros devassos
Que querem
todo dia o extinguir
Cada fio de cabelos brancos
Sobrevivi a mim mesmo
E ao que fizeram comigo
Aprendi que viver é passar por tudo
Dos momentos mais difíceis
Veio a inspiração para a poesia
Fazer da dor sofrida uma arte
Saber que na vida a luta faz parte
Viver é superar momentos
Agora vejo como tudo acontece
Coisas que estão fora da minha compreensão
Mas saber que não aparecer
Como alguém que aprendeu bastante
Que mesmo diante da tribulação
Aprende a cada novo fio de cabelos brancos
Palavras
proibidas
Palavras
podem permitir
Pensamentos
possíveis para prover
Passar pelas
pessoas
Posições
provenientes primárias
Possuem
propriedades permanentes
Passíveis
por proibições
Para punir
pessoas por poderem
Promover
pacientemente
Passeatas
pela paz
Paixões pela
pátria
Pedidos por
promessas
Provenientes
pelos passeios públicos
Povo precisa
providências
Para poder
pensar propriamente
Picanha e cerveja
Nada contra picanha e cerveja
Mas a vida a isso não se resume
Será que nada além disso se almeja?
Para que o povo então se acostume
A ser como gado tocado
Enfim totalmente anestesiado
Em sua essência ultrajado
Apático sendo saqueado
Da vida, do povo e da história
Grandes feitos e glória
Problemas graves também vieram
Será que essa nossa gente não
merece
Ter cada um a seu modo, ouvida sua
prece
Para um futuro feliz que todos
esperam
Cena do crime
De volta à cena do crime
Quem te viu quem te vê
Como é que o povo
Poderá se defender
A cada quatro anos
O medo e a incerteza ressurgem
Sobre o nosso futuro
Nessa combalida nação
Crise de um sistema
Que deixa o futuro
À mercê do imponderável
As mesmas velhas caras
Tentando nos persuadir
A continuar na cena do crime
Flor Sobre a Calçada
Perseguição política
Perseguição por pensamentos próprios
Para persuadir pessoas pacíficas
Pretendem promover pânico
Para prender populares pensantes
Pela possibilidade premente
Pedem para políticos
Pois pacificarem população
Permanecendo presentes
Pensem pelo povo perdido
Piedosamente passem por princípios
Portanto promovam permanentes
Providências para poder
Praticar prioridades plausíveis
Protegendo pensamentos plurais