Perturbação permanente 


Parece possível poder
Pela própria passagem 
Perdurar por principal
Pelo poder passional 

Princesa passou por paisagens 
Perfeitamente poéticas 
Pisou pelas passarelas 
Perturbação permanente 

Poetisa primorosa
Piedosa para primeiro
Plainar por poesia

Paixão primeira preciosa
Pungente paira pelas
Primárias perdições passionais 

Salvação ou perdição 


Pode ser a minha salvação 
Ou a minha perdição 
Mas só irei saber
Se eu deixar acontecer 

De tudo o que é mais belo então 
Pode ser o meu anoitecer
Envolto na fugaz paixão 
Se eu deixar acontecer 

Não sei ainda porque não 
Ficamos juntos a viver
Toda essa nossa emoção 

Ao chegar nosso amanhecer 
Belíssimo achado em meio à multidão 
Sejamos tudo o que vier a ser

Palavras demais 


Vou deixar você dizer
Só pra  saber até onde quer chegar 
Palavras demais não me farão saber
Se de fato irá me conquistar

Vou deixar você saber
Só o necessário para me encontrar 
Quando tudo acontecer 
Ao deixar você ficar 

Palavras demais cansam o escutar
Vou deixar de entender
Meus ouvidos irão se cansar

Todo o seu belo frasear
Parece nem permanecer
Palavras demais a me encantar

Brilho do olhar 


O brilho do olhar 
Faz reviver em mim
Tudo que perdera 
Pode revolucionar 

Por tudo isso enfim
Ver você chegar 
Algo acontecera 
Aqui nesse lugar 

Virá muita paixão 
Pela pele a tocar
Tão delicada assim

E porque não 
O brilho do olhar 
Irá me alcançar

Pedras do caminho 

No meio do caminho tinha várias pedras
Até porque o caminho era feito com elas
Já me atiraram tantas pedras que podia
Ter feito vários castelos e ainda caminhos

E vendido as pedras restantes para ser
O rei das pedras e dos caminhos e dos castelos
De pedras, ou então como um louco teria
De volta atirado as pedras e matado muitos

Se vires pedras pelo caminho e delas
Não precisares as teria de bom grado
Para continuar a ser um capitalista das pedras

Mas se precisar das pedras pelo caminho
Siga meu exemplo e construa castelos, muros,
Pontes e o que mais a imaginação permitir

Pequena poesia


Pulsação primeira
Por palavras
Preciosas plurais

Pequena peça
Pungente paira
Pelas precisas

Possuídas paixões
Pequena poesia

Soneto da vida perdida


Já perdi tempo demais com você 
Não quero perder uma vida inteira 
Não vale mais a pena estar aí 
Se acreditar em você fosse bom

Décadas perdidas e um súbito fim
Podem estar esperando em cada esquina 
Desisti de ser triste ao seu lado
Em busca de ser feliz com quem vale 

Não insista em me fazer a querer
Dores passam e voltam a perfurar 
Entranhas vivas em quase todo tempo 

Preciosa demais é a vida a se perder
No meio daqueles nefastos algozes
Aceite que em tudo você me perdeu

Vidraça 


Virar vidraça 
Várias vezes 
Vale violência 
Valente violação 

Vultuoso vilipêndio
Vociferam vorazmente 
Você vai virar
Viciado voluntariamente 

Vaticinam verdadeiras 
Vetustas vulnerabilidades 
Vomitam velozes

Virar vidraça 
Vejam vocês 
Vale violência

Sonhar 


O amor sonhar
E não o achar
Nem mesmo olhar
No mesmo olhar 

Quando chegar 
Não vai estar 
Ao clarear
Inatingível acompanhar 

Se tudo passar 
E encontrar 
Simplesmente acreditar

O amor sonhar 
Quando chegar 
Apenas acreditar

Possibilidade 


O que pode ser
E acontecer 
Nada que não sirva
Para poder

Diante do nada
Uma perspectiva 
Algo que comece
A estabelecer

Tudo a porvir 
Se dadas condições 
Surgirem subitamente 

O que vier
A estabelecer 
O que pode ser