quarta-feira, 30 de agosto de 2017

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Depois do dia


Deixei de dedicar
Dias duradouros 
Dados duvidosos 

Ditos doutos 
Diziam dar devidas
Dicas deveras douradas

Desmascarados 
Descobertas definitivas

sábado, 26 de agosto de 2017

Canto do só 


Estou aqui 
Sofrendo só 
Sem saber
No que

Vai dar 
Vivendo 
O que há 
De bom

Ou ruim
Sem ter 
Com quem

Desabafar 
Nem consolar
De fato enfim

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Saudade


Como explicar a saudade
De pessoas desconhecidas?
De lugares onde nunca esteve?

Seria por nossas origens?
Seria pelo que aprendemos?
O legado de nossos pais?

A tradição de nosso povo?
Como compreender tal sentimento?

domingo, 20 de agosto de 2017

Poema do tempo 


Dizem que o tempo 
É senhor do entendimento 
O tempo é grandeza física 

Muitas coisas podem 
Melhorar ou piorar com ele
Nada resiste ao tempo

O tempo é senhor 
O tempo é soberano

sábado, 19 de agosto de 2017

Poema do mundo


Meu mundo não é tão vasto
Como o mundo do Raimundo do Drummond
Mas ainda tem um bom tamanho

Meu mundo não é tão pequeno
Quanto um Plutão renegado
Mas ainda é belo demais

Meu mundo tem um tamanho
Cabe dentro deste poema do mundo

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Clichês 


Certos clichês contemporâneos 
Conforme conversamos com clareza
Constroem cada conceito 
Com características comuns

Culminando condicionalmente
Criando condições capazes
Citando certas cenas
Chamadas consideravelmente

Curiosamente começam 
Cerceando conhecimentos
Convencem cada criatura 

Certos clichês contemporâneos 
Cometem crassos contra-sensos
Contra cada conceito criterioso

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Bela assassina


Usa do charme para conquistar 
A beleza do corpo para encantar
O peso da palavra para convencer 

Chega lentamente para disfarçar 
Tudo o que sabe para persuadir 
Da desfaçatez para conseguir 

Armas camufladas para efetivar 
O plano assassino a ocorrer

Infinito momento feliz


Faço da tua presença 
O mais raro momento 
De ser feliz

Tão belo assim 
De infinito instante 
Para quem diz

É sim bem possível 
Permanecer sorrindo 
Para a vida

Que satisfeita diz
Como é pleno
O valor de estar

Bem junto a ti
Faço da tua presença 
O mais raro momento 

De ser feliz 
Bem junto a ti 
No infinito instante

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Canto do refugiado 


Eu nunca senti tanto medo 
Eu nunca senti tanto frio 
Dentro de um quarto escuro e vazio

Sempre estive em abandono 
Sem ter onde buscar refúgio 
Sem ter alento no tempo que passa lento

Habitando o inabitável 
Diante da dor inabalável

domingo, 6 de agosto de 2017

Brilho


Brilho das estrelas 
Brilho dum olhar
Tamanhos infinitos
Sóis aquecidos

Sois de um belo
Iluminar
Para o meu corpo
Aquecer

Brilho infindável
Mistério insondável
Esse olhar

Mil vezes a aparecer
Súbito brilhante
Brilho a encantar

sábado, 5 de agosto de 2017

Simplesmente sim


Pelos dias junto a mim
Diga simplesmente sim
Quem iria saber

Se eu e você
Só eu e você
Simplesmente sim

Possa ser só eu e você
Para mim seja um sim

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Anjo do mal


Não deixa perceber
Pelo primeiro olhar 
O que pode ocorrer 
Oportunidade a esperar

Se o tempo libertar 
Total instante a ter
Brecha para atuar
Sabe em tempo que fazer 

Suave em convencer 
Que o veneno a ofertar
Não irá o padecer

Anjo do mal sabe forjar
Não deixa perceber 
Quando a indesejada chegar

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Poema do ano

O que virá em janeiro
Se quase é fevereiro
Cuidado com atrasos em março
O que não se viu
Passou-se no mês de abril
Maio se aproxima
De junho fechados os punhos
Tão depressa é julho
Agonizando em agosto
Não me lembro
Setembro
Outro outubro
Novamente novembro
Depressa surge dezembro
Ligeiro mais um janeiro
Febre de fevereiro
Mais um mês de março
Chega de abril
Salvo seria maio
Se não tivesse chegado junho
Jura já justaposto julho
Aposto que em agosto
Que coisa, outro setembro
Deixe para outubro
Antes de novembro
Em breve mais um dezembro


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Só hoje sei


Só hoje sei
Sobre a maldade
Daqueles que me cercam
Sobre a maldade
Dos que me procuram
Tentando a destruição
Todo o tempo

Só hoje sei
Que em muitos
Os quais antes
Acreditei
Não são nada
Daquilo que pensava

Só hoje sei
Que para confiar
Não basta nem mesmo
Ver o que fazem
E ouvir o que dizem
Pois nada do que
Demonstram é o que
Parece ser

Só hoje sei
Decepção diante
Do que achei
Que um dia fosse
Algo que merecesse
Alguma atenção
Ou mesmo a mão estendida
Vem mesmo para ferir
E a palavra dita
Apenas para destruir