Poesia


A poesia não tem hora nem lugar
Para alcançar aos corações e almas
Como quem sabe bem o que falar 
De repente lhe acompanham palmas 

Aquele que a ler ou a escutar 
Aprecia vozes suaves e calmas
A recitar o arder belo a ressoar
Vinde e vede tantas formas

De dizer a todos os cantos 
O surgir da poesia bela
Rendendo sonoros encantos

Vida de poeta tão singela
Enxuga lágrimas de tantos 
Nunca haverá palavra como aquela

Quando mudar


É importante não sentir falta 
Nem saudade e nem olhar para trás 
Sempre em frente seguir
Abandonar o mal em si

Não estar acomodado 
Esses novos desafios 
Que sejam realmente bons
Criar um verdadeiro futuro 

Caso o medo venha a surgir 
Tenha-o como aliado
Para enfrentar as vicissitudes 

Nunca desista de si mesmo 
Nem deixe de crer
Que tudo será melhor um dia 

Sentir


Sei sentir sozinho saudade 
Segui sendas sumariamente 
Sofri sangrando súplicas 
Sabores sujos significantes

Sei simplesmente sonhar 
Somente sinais sinistros 
Saúdam sanidades sentidas
Sombras sinceras são sonoras

Sigo solitário solicitas
Sanhas santas solfejantes
Sentença singular sencilha 

Salvo significantes similitudes
Semeaduras sonhadas sagradas
Sigo sentindo sofregamente

Balada do não 


Não quero estar certo
Nem quero estar errado 
Simplesmente não quero

Não sou nada 
Do que você pensa 
Não quero nada 
Do que você tem 

Não espero nada
Nem de você 
Muito menos de mim

Não acredito mais
Não pareço mais 
Nem pertenço aos seus
Não se aproxime de mim

Renegado 


Quem são eles 
Quem somos 
Muita idade
Muita estrada

O deficiente 
Ali esquecido 
No canto
Fala as paredes

Quem são eles 
Quem somos nós 
Os renegados 

A velha senhora 
Olha ao nada
Sem ter o que esperar

Anjo alado


Venha até mim
Pertinho assim 
Por fim
Belo jasmim

Chegue aqui enfim
Pare ao meu lado 
Você quer a mim
Estarei encantado 

Gosto muito de ser tocado
Abraçado bem forte ao fim 
Quero viver bem relacionado

Seja meu anjo alado
Dos dias de hoje até o fim
Simplesmente venha a mim

Maravilha


Ao lhe encontrar 
E me encantar
O extasiar
Que é estar

Ao seu lado 
Todo amado
Deixar de ser deixado
Abandonado

Maravilha 
Tudo o que brilha 
Emocionar

Ao seu lado 
Simplesmente acreditar 
Ao clarear

Mesmice 


Mesmos modos modorrentos 
Moldam muitas mentes 
Matam memórias magistrais 
Mentindo massivamente 

Murmurando maledicências 
Mentecaptos meticulosos
Mantras monótonos mesmo
Maltratam mais mortais

Mínimas maldades maximizam
Messiânicas manifestações 
Melindrosas maquiagens 

Manipuladores milionários 
Melhores mediadores 
Massacram multidões

Trezentos 

Trezentos textos tão típicos 
Tornados trabalhos tenros 
Tiveram tamanha tolerância

Tais temas tratados

Teceram tantas tentativas

Tendo todo tempo

Travessias temáticas
Trezentas tentações textuais

Solução


Se algum dia uma vez
O encontro com as suas ações
De um pouco a pouco

Para onde se está
Não é o que mais se pode
Mas a realidade é bem outra

O encontro de uma solução
Teria sido melhor a um novo dia

Perturbação permanente 


Parece possível poder
Pela própria passagem 
Perdurar por principal
Pelo poder passional 

Princesa passou por paisagens 
Perfeitamente poéticas 
Pisou pelas passarelas 
Perturbação permanente 

Poetisa primorosa
Piedosa para primeiro
Plainar por poesia

Paixão primeira preciosa
Pungente paira pelas
Primárias perdições passionais 

Salvação ou perdição 


Pode ser a minha salvação 
Ou a minha perdição 
Mas só irei saber
Se eu deixar acontecer 

De tudo o que é mais belo então 
Pode ser o meu anoitecer
Envolto na fugaz paixão 
Se eu deixar acontecer 

Não sei ainda porque não 
Ficamos juntos a viver
Toda essa nossa emoção 

Ao chegar nosso amanhecer 
Belíssimo achado em meio à multidão 
Sejamos tudo o que vier a ser

Palavras demais 


Vou deixar você dizer
Só pra  saber até onde quer chegar 
Palavras demais não me farão saber
Se de fato irá me conquistar

Vou deixar você saber
Só o necessário para me encontrar 
Quando tudo acontecer 
Ao deixar você ficar 

Palavras demais cansam o escutar
Vou deixar de entender
Meus ouvidos irão se cansar

Todo o seu belo frasear
Parece nem permanecer
Palavras demais a me encantar

Brilho do olhar 


O brilho do olhar 
Faz reviver em mim
Tudo que perdera 
Pode revolucionar 

Por tudo isso enfim
Ver você chegar 
Algo acontecera 
Aqui nesse lugar 

Virá muita paixão 
Pela pele a tocar
Tão delicada assim

E porque não 
O brilho do olhar 
Irá me alcançar

Pedras do caminho 

No meio do caminho tinha várias pedras
Até porque o caminho era feito com elas
Já me atiraram tantas pedras que podia
Ter feito vários castelos e ainda caminhos

E vendido as pedras restantes para ser
O rei das pedras e dos caminhos e dos castelos
De pedras, ou então como um louco teria
De volta atirado as pedras e matado muitos

Se vires pedras pelo caminho e delas
Não precisares as teria de bom grado
Para continuar a ser um capitalista das pedras

Mas se precisar das pedras pelo caminho
Siga meu exemplo e construa castelos, muros,
Pontes e o que mais a imaginação permitir

Pequena poesia


Pulsação primeira
Por palavras
Preciosas plurais

Pequena peça
Pungente paira
Pelas precisas

Possuídas paixões
Pequena poesia

Soneto da vida perdida


Já perdi tempo demais com você 
Não quero perder uma vida inteira 
Não vale mais a pena estar aí 
Se acreditar em você fosse bom

Décadas perdidas e um súbito fim
Podem estar esperando em cada esquina 
Desisti de ser triste ao seu lado
Em busca de ser feliz com quem vale 

Não insista em me fazer a querer
Dores passam e voltam a perfurar 
Entranhas vivas em quase todo tempo 

Preciosa demais é a vida a se perder
No meio daqueles nefastos algozes
Aceite que em tudo você me perdeu

Vidraça 


Virar vidraça 
Várias vezes 
Vale violência 
Valente violação 

Vultuoso vilipêndio
Vociferam vorazmente 
Você vai virar
Viciado voluntariamente 

Vaticinam verdadeiras 
Vetustas vulnerabilidades 
Vomitam velozes

Virar vidraça 
Vejam vocês 
Vale violência

Sonhar 


O amor sonhar
E não o achar
Nem mesmo olhar
No mesmo olhar 

Quando chegar 
Não vai estar 
Ao clarear
Inatingível acompanhar 

Se tudo passar 
E encontrar 
Simplesmente acreditar

O amor sonhar 
Quando chegar 
Apenas acreditar

Possibilidade 


O que pode ser
E acontecer 
Nada que não sirva
Para poder

Diante do nada
Uma perspectiva 
Algo que comece
A estabelecer

Tudo a porvir 
Se dadas condições 
Surgirem subitamente 

O que vier
A estabelecer 
O que pode ser 

Internet

Infinito 
Navegável 
Turbulento
Extenso
Rápido 
Nebuloso
Estimulante
Tentador

Depois do dia


Deixei de dedicar
Dias duradouros 
Dados duvidosos 

Ditos doutos 
Diziam dar devidas
Dicas deveras douradas

Desmascarados 
Descobertas definitivas

Canto do só 


Estou aqui 
Sofrendo só 
Sem saber
No que

Vai dar 
Vivendo 
O que há 
De bom

Ou ruim
Sem ter 
Com quem

Desabafar 
Nem consolar
De fato enfim

Saudade


Como explicar a saudade
De pessoas desconhecidas?
De lugares onde nunca esteve?

Seria por nossas origens?
Seria pelo que aprendemos?
O legado de nossos pais?

A tradição de nosso povo?
Como compreender tal sentimento?

Poema do tempo 


Dizem que o tempo 
É senhor do entendimento 
O tempo é grandeza física 

Muitas coisas podem 
Melhorar ou piorar com ele
Nada resiste ao tempo

O tempo é senhor 
O tempo é soberano

Poema do mundo

Meu mundo não é tão vasto

Como o mundo do Raimundo do Drummond

Mas ainda tem um bom tamanho

Meu mundo não é tão pequeno

Quanto um Plutão renegado

Mas ainda é belo demais

Meu mundo tem um tamanho
Cabe dentro deste poema do mundo

Clichês 


Certos clichês contemporâneos 
Conforme conversamos com clareza
Constroem cada conceito 
Com características comuns

Culminando condicionalmente
Criando condições capazes
Citando certas cenas
Chamadas consideravelmente

Curiosamente começam 
Cerceando conhecimentos
Convencem cada criatura 

Certos clichês contemporâneos 
Cometem crassos contra-sensos
Contra cada conceito criterioso

Bela assassina


Usa do charme para conquistar 
A beleza do corpo para encantar
O peso da palavra para convencer 

Chega lentamente para disfarçar 
Tudo o que sabe para persuadir 
Da desfaçatez para conseguir 

Armas camufladas para efetivar 
O plano assassino a ocorrer

Infinito momento feliz


Faço da tua presença 
O mais raro momento 
De ser feliz

Tão belo assim 
De infinito instante 
Para quem diz

É sim bem possível 
Permanecer sorrindo 
Para a vida

Que satisfeita diz
Como é pleno
O valor de estar

Bem junto a ti
Faço da tua presença 
O mais raro momento 

De ser feliz 
Bem junto a ti 
No infinito instante

Canto do refugiado 


Eu nunca senti tanto medo 
Eu nunca senti tanto frio 
Dentro de um quarto escuro e vazio

Sempre estive em abandono 
Sem ter onde buscar refúgio 
Sem ter alento no tempo que passa lento

Habitando o inabitável 
Diante da dor inabalável

Brilho

Brilho das estrelas 

Brilho dum olhar
Tamanhos infinitos
Sóis aquecidos

Sois de um belo
Iluminar
Para o meu corpo
Aquecer

Brilho infindável
Mistério insondável
Esse olhar

Mil vezes a aparecer
Súbito brilhante
Brilho a encantar

Simplesmente sim


Pelos dias junto a mim
Diga simplesmente sim
Quem iria saber

Se eu e você
Só eu e você
Simplesmente sim

Possa ser só eu e você
Para mim seja um sim

Anjo do mal


Não deixa perceber
Pelo primeiro olhar 
O que pode ocorrer 
Oportunidade a esperar

Se o tempo libertar 
Total instante a ter
Brecha para atuar
Sabe em tempo que fazer 

Suave em convencer 
Que o veneno a ofertar
Não irá o padecer

Anjo do mal sabe forjar
Não deixa perceber 
Quando a indesejada chegar

Poema do ano

O que virá em janeiro
Se quase é fevereiro
Cuidado com atrasos em março
O que não se viu
Passou-se no mês de abril
Maio se aproxima
De junho fechados os punhos
Tão depressa é julho
Agonizando em agosto
Não me lembro
Setembro
Outro outubro
Novamente novembro
Depressa surge dezembro
Ligeiro mais um janeiro
Febre de fevereiro
Mais um mês de março
Chega de abril
Salvo seria maio
Se não tivesse chegado junho
Jura já justaposto julho
Aposto que em agosto
Que coisa, outro setembro
Deixe para outubro
Antes de novembro
Em breve mais um dezembro

Só hoje sei


Só hoje sei
Sobre a maldade
Daqueles que me cercam
Sobre a maldade
Dos que me procuram
Tentando a destruição
Todo o tempo

Só hoje sei
Que em muitos
Os quais antes
Acreditei
Não são nada
Daquilo que pensava

Só hoje sei
Que para confiar
Não basta nem mesmo
Ver o que fazem
E ouvir o que dizem
Pois nada do que
Demonstram é o que
Parece ser

Só hoje sei
Decepção diante
Do que achei
Que um dia fosse
Algo que merecesse
Alguma atenção
Ou mesmo a mão estendida
Vem mesmo para ferir
E a palavra dita
Apenas para destruir

Multimídia 


Muitas mensagens 
Memes memoráveis 
Múltiplas maneiras 
Manifestantes 

Motivos mais
Mandar milhares 
Muitas mensagens 
Mas merecem 

Mundo multimídia 
Multiuso mesmo 
Maravilha majestosa 

Mais momentos 
Mundo manifesto 
Múltiplas maneiras

Terror 


Tudo tão terrível 
Tentativa tacanha
Tirar tudo tanto 

Totalmente típico 
Temíveis transtornos 
Tais tramas torpes

Tempos tem trapaceado
Terminantemente tirânico

Vida 


Ah é que o dia seguinte 
O importante é saber 
Que bons ventos de uma forma 
Não tem nada a partir 

Elevação de bom grado 
O que justifica a vida 
Mas pode ser bem mais 
Que traga muitas felicidades 

O valor da vida real 
O importante para você 
O lado bom de ser 

Mas já está vindo 
O que mais se chega 
O que procura afinal?

Calvário 


Cristo caminhou cada centímetro 
Carregando Cruz calcada com
Companhia certeira calejada 
Caiu com certeza cansado 

Chicoteado com cabal crueldade 
Cercado centenas concidadãos 
Curvado com castigos corporais 
Conhecidos como costumeiros

Cambaleando cruzou caminhos 
Clamando céus corajosamente 
Cumpre cada cenário completo 

Calvário chegou concretizando 
Crucificado com calculada capacidade 
Cristo cumpre com certeza

Versos aleatórios


E nem paramos para pensar nisso 
A minha vida é assunto  
Se nada sem você faz sentido 
E que esse tipo de música  

A minha presença  
Se eu pudesse ser um momento de saudade 
Tudo bem e você faz sentido   
A poesia defronte ao final 

E nem partir da palavra  
A minha vida  
Ainda não seja tão realista  
Nada tenho contra o capitalismo 

Coisa linda de expressão  
De acordo com os dados divulgados  
Obstante as vezes é possível ajudar  
Estes versos aleatórios 

Surtando e todas as coisas  
Peremptoriamente qualquer lugar do mundo  
E a democracia brasileira  
Chamasse a atenção para você  

Se nada o tanto impossível  
Gerador de expressão da palavra  
Se eu pudesse ser um momento de saudade  
Coisas da tecnologia  

Que permite ao usuário transferir 
Instante em que todos são protagonistas  
E existe uma nova dimensão
De repente a Química tem mais importância 

Lá fora de casa agora
Ululante de vida pregressa  
A minha presença notar uma nova Elite mundial 
Que almeja deter a maior potência do mundo

Poema aleatório


É chegada a hora de um querer
De modo fantástico
Se eu dissesse tudo o que sei
De modo performático

De repente a semana passada
É o que se apresenta
É bastante tempo passando
Se não estiver com o que sei

De acordo com os dados
De repente a semana acaba
Se eu pudesse ser um novo

Se nada o que fazer
É o meu instante qualquer
De acordo com os seus passos

Perdão


Peça perdão 
Por problemas perpetuados
Passíveis por princípio
Pareciam perfeitas posturas

Porém pode perceber
Pérfidas palavras perdidas
Pormenores permitiram
Prever possíveis polêmicas

Portanto peça perdão
Para provocar perdas
Perenes por pretender

Públicas premeditadas
Praticadas pretensões 
Para prejudicar próximo

Melancolia 


Mais momentos murmuravam 
Manifestantes mal mesmo 
Moveram mundos mortos 
Modificaram medos maus

Misericórdia malfadada mútua 
Mestra muda monótona
Merecia melhor motivo
Muito mínima moralidade 

Melancólica magistral metade
Mártir modelo mercenário 
Máxima memória mastigada 

Mais momentos murmuravam 
Misericórdia malfadada mútua 
Merecia melhor motivo